Há uma reclamação crescente em relação ao apoio concedido pela
prefeitura da capital sergipana aos atletas locais que pretendam disputar
campeonatos pelo Brasil e pelo mundo, o Bolsa Atleta. Em tese, é uma bela
iniciativa. Só que há quem reclame da escolha de alguns em detrimento de
outros. Isso, segundo a secretaria, seria definido pelos resultados obtidos em
competições variadas, fundamentando o auxílio nas potencialidades de cada
esportista escolhido.
#alémdodeclarado
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
“O Bolsa Atleta não é assistencialismo. É voltado para atletas com o melhor desempenho”, Fábio Mitidieri, secretário de Esportes de Aracaju (Liberdade Notícias 2 –Rádio Liberdade FM– 12/12/2011)
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
“Se for ela mesma, poderá responder pelo crime de racismo, que é inafiançável. A pena varia de dois a cinco anos”, presidente da SaferNet, Thiago Tavares (Terra Magazine –www.terramagazine.terra.com.br– 09/12/2011)
A net, de maneira geral, e o Twitter, em particular, foram
palco de declarações supostamente feitas pela gaúcha (?) Sophia com ofensas
contra nordestinos. Ridículo e criminoso, como todo ato discriminador, além de forte
reação no meio digital, o ‘piti’ recebeu o que merece: o presidente da
Safernet, organização não-governamental que combate crimes contra direitos
humanos na web, vaticinou as ações legais que podem – e devem – ser tomadas.
Só que as tais declarações vieram repletas de referências à miséria
nordestina. Aí o ‘crime’ da moça passa a ser ignorância. Aos números: pelos dados
do IBGE de 2009, o Nordeste aumentou sua participação no PIB nacional em 1% e o
Sul, onde mora a figura, diminuiu 0,6%. Nos empregos gerados, o Nordeste
respondeu, entre 2007 e 2010, por 23% do total brasileiro. O Sul? 16,3%,
segundo o MTE-RAIS. Ainda que tenhamos problemas econômicos, temos evoluído.
Mas como dados econômicos são frios, guardei para o final o melhor: entre o Sul
e o Nordeste, qual região tem mais gente feliz e vivendo plenamente a vida? É
claro que é no Nordeste. Como comprovar isso? Simples: alguém já viu um
nordestino perdendo tempo na internet ou em qualquer lugar para depreciar
brasileiros de outras regiões?
P.S. Para que irmãos do Sul, do Sudeste, do Norte e do
Centro-Oeste não se ofendam com as comparações: o Nordeste cresce a olhos
vistos por ter uma bela força de trabalho e de consumo locais, mas também pelo
fato de brasileiros de todas as regiões terem descoberto como é bom, produtivo
e porreta viver aqui. E que sejam sempre bem vindos! #NordestinoSimSenhor
“Infelizmente, desde a sua aprovação, os bancos têm atuado no sentido de desrespeitá-la”, José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Jornal da Cidade – 09/12/2011)
A questão discutida pelo sindicalista é a velha e
desrespeitada Lei dos 15 Minutos, que prevê que esse seria o tempo máximo de
permanência de um cliente nas agências bancárias de Aracaju. Louvável atitude
dos nossos vereadores, a lei confirma a máxima de que, no Brasil, é mais fácil
criar leis do que vê-las aplicadas.
Mas a fala de José Souza tem um quê de cortina de fumaça: afinal,
o sindicato, quando realiza greves, inclui na pauta as contratações, além de salários,
é claro, mas não coloca os 15 minutos como bandeira maior. Essa reivindicação teria
apoio de todos, destratados que somos diariamente em indianas filas bancárias. Passa
a impressão de que os bancários realizam greve apenas para aporrinhar mais o
cliente e para conseguir 15 minutos de fama no noticiário. Infelizmente, greve
de bancários tem todo ano. Espera infinita nas filas tem todo dia. E o
sindicato caga e anda para o povo que utiliza o sistema bancário – pedindo
desculpas antecipadas pela referência à deprimente cena de uma cliente que foi
as vias de fato intestinais em uma agência bancária aracajuana.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
“Gosto muito de João Biliu, mas não é verdade. Ele insistiu em dizer que eu era sócio de Rogério Carvalho de forma inconveniente, mas não é verdade", empresário Emmanuel Oliveira (Jornal da Ilha –Gilmar Carvalho– 07/12/2011)
O desmentido do empresário, que é fundador do Shopping
Prêmio, em Socorro, expõe o ex-deputado federal João Fontes – creio que ‘Biliu’
é tratamento entre amigos – a uma situação no mínimo chata. Informações sobre
negócios que envolvem milhões não são encontradas a cada esquina. E se houvesse
mesmo intenção de compra da Rede Jornal de Comunicação por parte do empresário,
em sociedade com o deputado federal Rogério Carvalho, não creio que fosse algo
comentado abertamente. Segredo é a alma do negócio, ensinam os mais
experientes.
Mais uma: a Rede Jornal é, historicamente, ligada ao
ex-governador João Alves, possível pré-candidato a prefeitura de Aracaju pelo
DEM. Rogério é pré-candidato ao mesmo cargo pelo PT. Adversários diretos na
disputa, portanto. Se o boato tivesse mesmo procedência, e pelos valores
aventados (R$ 7 milhões), será que essa não seria uma ‘arma’ política com poder
de fogo suficiente para João Alves utilizar, insinuando uma suposta
incompatibilidade entre o que Rogério ganha e o que possui? Então porque um
outro João, o Fontes, tomaria para si tão valiosa carta na manga? Ficando o
dito pelo não dito, resta a João Fontes dar uma de ‘João sem braço’ e esquecer
o assunto. Ou seguir acusando e sendo voto vencido, pela negativa de todos os
envolvidos.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
“Se eleito, transformarei Aracaju em um grande centro náutico de todo o Brasil”, deputado federal Laércio Oliveira (Blog do Giovani Allievi –www.infonet.com.br/giovaniallievi– 01/12/2011)
Ao ler a declaração do deputado e pré-candidato a prefeito
de Aracaju, me encantei com a simplicidade e eficácia da proposta. Cortada por
serenos e navegáveis rios, do ponto de vista esportivo, e dotada de um mar
agradável, Aracaju pode mesmo ser uma referência náutica, sim! Mas a declaração
já sofre pesadas críticas, inclusive lá mesmo no blog de meu amigo Giggio, de
gente que considero sofrer da ‘síndrome de obras megalômanas’.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
“Só os empenhos de Nossa Senhora do Socorro (R$ 3 milhões) dava para construir três mil casas”, deputado estadual Augusto Bezerra (Correio de Sergipe – 30/11/2011)
A nova bandeira oposicionista está desfraldada: querem caçar as ONGs. Papel primordial da oposição, conferir os gastos públicos é mesmo uma obrigação. Mas é preciso atentar para não cair na generalização. Se o deputado grita que está errado o repasse, que prove. Do contrário, nesse caso específico, as pessoas que foram beneficiadas nos convênios firmados com Secretaria do Trabalho poderiam a ser consideradas criminosas também, já que foram beneficiadas com as verbas, o que é um absurdo!
Mas Augusto Bezerra extrapola também em outros quesitos. Começa com a matemática. Vamos lá: R$ 3 milhões fariam 3000 casas? Uma casa custa R$ 1000? Onde, quando e como, deputado? Se é possível essa conta estar certa, o senhor Bezerra é um gênio das finanças e está na profissão errada, devendo seriamente pensar em virar construtor. Agora, já repararam que, roda e vira, os problemas do mundo, para o deputado, encontram-se em Socorro? Isso acontece porque ele se declarou pré-candidato a prefeito da cidade. E aí, na falta de projetos próprios, sobra verborragia para detonar o que está sendo feito por lá, sem o mínimo senso crítico e sem apresentar alternativa que não seja a raiva. Aí, amigo, fica difícil fechar essa conta...
terça-feira, 29 de novembro de 2011
“Para nós, a pior solução para o aterro é a mais distante”, Lucimara Passos, presidente da Emsurb (Sergipe Notícias – André Barros – TV Atalaia – 29/11/2011)
Ainda que a polêmica infinita sobre o aterro sanitário de Aracaju seja coisa mais do que séria, alguns lances desse assunto parecem pura ficção. Caso de uma decisão judicial que dá prazo de dez dias para uma solução – que já caiu, pelo bem da sanidade geral – ou do empurra-empurra sobre quem fica ou não com o ‘presente de grego’. E eis que a presidente da Empresa de Serviços Urbanos da capital sergipana sai-se com mais uma para o anedotário geral do tema.
Um aterro mais próximo da cidade é melhor para nós? Nós quem? O fato da distância aumentar os custos é relevante. Mas, assim como o Santa Maria era quase inabitado no início do ‘embarque’ do lixo aracajuano para aquelas plagas, o bairro Palestina, em Socorro, cotado para receber o novo aterro, com o passar dos anos, o abarcará também, transformando o problema em mais do mesmo. Levar o lixo para um aterro em Rosário do Catete pode não ser econômico, mas é garantia de que se resolve a questão por muitas décadas. Quem sabe até lá essa verdadeira ‘torre de Babel’ em que se transformou a discussão sobre o lixo da Grande Aracaju encontre um denominador comum: o interesse dessa e de futuras gerações sendo colocado em primeiro lugar.
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