segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

“O Bolsa Atleta não é assistencialismo. É voltado para atletas com o melhor desempenho”, Fábio Mitidieri, secretário de Esportes de Aracaju (Liberdade Notícias 2 –Rádio Liberdade FM– 12/12/2011)


Há uma reclamação crescente em relação ao apoio concedido pela prefeitura da capital sergipana aos atletas locais que pretendam disputar campeonatos pelo Brasil e pelo mundo, o Bolsa Atleta. Em tese, é uma bela iniciativa. Só que há quem reclame da escolha de alguns em detrimento de outros. Isso, segundo a secretaria, seria definido pelos resultados obtidos em competições variadas, fundamentando o auxílio nas potencialidades de cada esportista escolhido.

Mas há quem destaque a necessidade de oferecer o auxílio aos mais necessitados. Pelo que prevê o projeto, essa não seria a função dele. Possivelmente é esse o ponto. Vejamos: escolher por mérito o atleta necessita de um complexo sistema de avaliação. Rankings e uma comissão de ‘notáveis’ é pouco. Há que se contar com a opinião de especialistas em cada esporte e, em última instância, a população deveria, de alguma forma, ser consultada, pois esporte mexe com a paixão das pessoas. Então, talvez se a forma de escolha fosse mais objetiva, oferecendo o apoio a quem mais precisa financeiramente dele, essa celeuma podia ser evitada. Até porque titular o auxílio de ‘Bolsa’, pegando carona em um programa federal de sucesso, acaba permitindo uma dubiedade de avaliação da função final do apoio aos atletas que, como se vê, acaba gerando mais e mais confusão.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

“Se for ela mesma, poderá responder pelo crime de racismo, que é inafiançável. A pena varia de dois a cinco anos”, presidente da SaferNet, Thiago Tavares (Terra Magazine –www.terramagazine.terra.com.br– 09/12/2011)


A net, de maneira geral, e o Twitter, em particular, foram palco de declarações supostamente feitas pela gaúcha (?) Sophia com ofensas contra nordestinos. Ridículo e criminoso, como todo ato discriminador, além de forte reação no meio digital, o ‘piti’ recebeu o que merece: o presidente da Safernet, organização não-governamental que combate crimes contra direitos humanos na web, vaticinou as ações legais que podem – e devem – ser tomadas.

Só que as tais declarações vieram repletas de referências à miséria nordestina. Aí o ‘crime’ da moça passa a ser ignorância. Aos números: pelos dados do IBGE de 2009, o Nordeste aumentou sua participação no PIB nacional em 1% e o Sul, onde mora a figura, diminuiu 0,6%. Nos empregos gerados, o Nordeste respondeu, entre 2007 e 2010, por 23% do total brasileiro. O Sul? 16,3%, segundo o MTE-RAIS. Ainda que tenhamos problemas econômicos, temos evoluído. Mas como dados econômicos são frios, guardei para o final o melhor: entre o Sul e o Nordeste, qual região tem mais gente feliz e vivendo plenamente a vida? É claro que é no Nordeste. Como comprovar isso? Simples: alguém já viu um nordestino perdendo tempo na internet ou em qualquer lugar para depreciar brasileiros de outras regiões?

P.S. Para que irmãos do Sul, do Sudeste, do Norte e do Centro-Oeste não se ofendam com as comparações: o Nordeste cresce a olhos vistos por ter uma bela força de trabalho e de consumo locais, mas também pelo fato de brasileiros de todas as regiões terem descoberto como é bom, produtivo e porreta viver aqui. E que sejam sempre bem vindos! #NordestinoSimSenhor

“Infelizmente, desde a sua aprovação, os bancos têm atuado no sentido de desrespeitá-la”, José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Jornal da Cidade – 09/12/2011)


A questão discutida pelo sindicalista é a velha e desrespeitada Lei dos 15 Minutos, que prevê que esse seria o tempo máximo de permanência de um cliente nas agências bancárias de Aracaju. Louvável atitude dos nossos vereadores, a lei confirma a máxima de que, no Brasil, é mais fácil criar leis do que vê-las aplicadas.

Mas a fala de José Souza tem um quê de cortina de fumaça: afinal, o sindicato, quando realiza greves, inclui na pauta as contratações, além de salários, é claro, mas não coloca os 15 minutos como bandeira maior. Essa reivindicação teria apoio de todos, destratados que somos diariamente em indianas filas bancárias. Passa a impressão de que os bancários realizam greve apenas para aporrinhar mais o cliente e para conseguir 15 minutos de fama no noticiário. Infelizmente, greve de bancários tem todo ano. Espera infinita nas filas tem todo dia. E o sindicato caga e anda para o povo que utiliza o sistema bancário – pedindo desculpas antecipadas pela referência à deprimente cena de uma cliente que foi as vias de fato intestinais em uma agência bancária aracajuana.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

“Gosto muito de João Biliu, mas não é verdade. Ele insistiu em dizer que eu era sócio de Rogério Carvalho de forma inconveniente, mas não é verdade", empresário Emmanuel Oliveira (Jornal da Ilha –Gilmar Carvalho– 07/12/2011)


O desmentido do empresário, que é fundador do Shopping Prêmio, em Socorro, expõe o ex-deputado federal João Fontes – creio que ‘Biliu’ é tratamento entre amigos – a uma situação no mínimo chata. Informações sobre negócios que envolvem milhões não são encontradas a cada esquina. E se houvesse mesmo intenção de compra da Rede Jornal de Comunicação por parte do empresário, em sociedade com o deputado federal Rogério Carvalho, não creio que fosse algo comentado abertamente. Segredo é a alma do negócio, ensinam os mais experientes.

Mais uma: a Rede Jornal é, historicamente, ligada ao ex-governador João Alves, possível pré-candidato a prefeitura de Aracaju pelo DEM. Rogério é pré-candidato ao mesmo cargo pelo PT. Adversários diretos na disputa, portanto. Se o boato tivesse mesmo procedência, e pelos valores aventados (R$ 7 milhões), será que essa não seria uma ‘arma’ política com poder de fogo suficiente para João Alves utilizar, insinuando uma suposta incompatibilidade entre o que Rogério ganha e o que possui? Então porque um outro João, o Fontes, tomaria para si tão valiosa carta na manga? Ficando o dito pelo não dito, resta a João Fontes dar uma de ‘João sem braço’ e esquecer o assunto. Ou seguir acusando e sendo voto vencido, pela negativa de todos os envolvidos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

“Se eleito, transformarei Aracaju em um grande centro náutico de todo o Brasil”, deputado federal Laércio Oliveira (Blog do Giovani Allievi –www.infonet.com.br/giovaniallievi– 01/12/2011)


Ao ler a declaração do deputado e pré-candidato a prefeito de Aracaju, me encantei com a simplicidade e eficácia da proposta. Cortada por serenos e navegáveis rios, do ponto de vista esportivo, e dotada de um mar agradável, Aracaju pode mesmo ser uma referência náutica, sim! Mas a declaração já sofre pesadas críticas, inclusive lá mesmo no blog de meu amigo Giggio, de gente que considero sofrer da ‘síndrome de obras megalômanas’.

Não há outra forma de classificar quem critica uma ideia executável pelo simples fato de que ela não exige montanhas de dinheiro. Os rios estão aí, dádivas divinas, e não utilizá-los bem é não acreditar que Deus nos ofereceu algo tão legal para que fizéssemos o melhor uso possível. Alguém pode dizer que ‘se é tão bom, porque Recife (PE) não investiu nisso?’. Ao que respondo: na fedentina exalada nas águas de lá, qual esporte se praticaria? Quem fica mais tempo sem respirar? A proposta de Laércio deve e pode ser levada a sério. Seria uma redenção em termos de exposição da cidade no Brasil e no mundo, com alto índice de atração turística, competições em qualquer época do ano, gastos públicos conscientes e controláveis e, o melhor, com a preservação de nossos mananciais garantida. Que esse debate não faça água e chegue até as eleições do ano que vem.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

“Só os empenhos de Nossa Senhora do Socorro (R$ 3 milhões) dava para construir três mil casas”, deputado estadual Augusto Bezerra (Correio de Sergipe – 30/11/2011)

A nova bandeira oposicionista está desfraldada: querem caçar as ONGs. Papel primordial da oposição, conferir os gastos públicos é mesmo uma obrigação. Mas é preciso atentar para não cair na generalização. Se o deputado grita que está errado o repasse, que prove. Do contrário, nesse caso específico, as pessoas que foram beneficiadas nos convênios firmados com Secretaria do Trabalho poderiam a ser consideradas criminosas também, já que foram beneficiadas com as verbas, o que é um absurdo!
Mas Augusto Bezerra extrapola também em outros quesitos. Começa com a matemática. Vamos lá: R$ 3 milhões fariam 3000 casas? Uma casa custa R$ 1000? Onde, quando e como, deputado? Se é possível essa conta estar certa, o senhor Bezerra é um gênio das finanças e está na profissão errada, devendo seriamente pensar em virar construtor. Agora, já repararam que, roda e vira, os problemas do mundo, para o deputado, encontram-se em Socorro? Isso acontece porque ele se declarou pré-candidato a prefeito da cidade. E aí, na falta de projetos próprios, sobra verborragia para detonar o que está sendo feito por lá, sem o mínimo senso crítico e sem apresentar alternativa que não seja a raiva. Aí, amigo, fica difícil fechar essa conta...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

“Para nós, a pior solução para o aterro é a mais distante”, Lucimara Passos, presidente da Emsurb (Sergipe Notícias – André Barros – TV Atalaia – 29/11/2011)

Ainda que a polêmica infinita sobre o aterro sanitário de Aracaju seja coisa mais do que séria, alguns lances desse assunto parecem pura ficção. Caso de uma decisão judicial que dá prazo de dez dias para uma solução – que já caiu, pelo bem da sanidade geral – ou do empurra-empurra sobre quem fica ou não com o ‘presente de grego’. E eis que a presidente da Empresa de Serviços Urbanos da capital sergipana sai-se com mais uma para o anedotário geral do tema.
Um aterro mais próximo da cidade é melhor para nós? Nós quem? O fato da distância aumentar os custos é relevante. Mas, assim como o Santa Maria era quase inabitado no início do ‘embarque’ do lixo aracajuano para aquelas plagas, o bairro Palestina, em Socorro, cotado para receber o novo aterro, com o passar dos anos, o abarcará também, transformando o problema em mais do mesmo. Levar o lixo para um aterro em Rosário do Catete pode não ser econômico, mas é garantia de que se resolve a questão por muitas décadas. Quem sabe até lá essa verdadeira ‘torre de Babel’ em que se transformou a discussão sobre o lixo da Grande Aracaju encontre um denominador comum: o interesse dessa e de futuras gerações sendo colocado em primeiro lugar.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

"Quero lembrar que a possível homoafetividade de Lampião não é o tema central do livro", Pedro de Morais , autor do livro ‘Lampião – o Mata Sete’ (UOL –www.uol.com.br– 25/11/2011)

Toda e qualquer censura depõe contra uma sociedade pretensamente civilizada. Por esse prisma, a liminar concedida para o ‘tal’ livro não ser lançado é uma excrecência. Mas também não há condições de convivência minimamente organizada se qualquer um puder lançar qualquer tipo de acusação e/ou difamação sem provas de fato. Aí, então, o caldo entorna para a publicação e a família de Virgulino Ferreira, o Lampião, está correta em seu embate. Por isso não vou me ater ao imbróglio jurídico.

Agora, o autor falar que o tema central do livro não é a suposta homossexualidade de um dos personagens mais simbólicos do Nordeste, parece até piada. Não li e nem vou ler, pelo jeito. Mas acusar alguém que já morreu – e que vivo era só coragem, ainda que em atividades, parafraseando o juiz aposentado, possivelmente questionáveis – de ser gay e corno, isso é, sim, o tema central da obra. Posso não concordar com a opinião do escritor, mas vou respeitá-la sempre. Só não posso acreditar que todo esse holofote midiático não era previsível e até desejado quando ele iniciou a pesquisa sobre a vida íntima do cangaceiro. E se Pedro de Morais dissimula publicamente suas reais intenções com a publicação, o que nos obrigaria a dar algum crédito à suposta ‘descoberta’ dele?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

“Conheço as regras do partido. A escolha do candidato não será feita na Assembleia”, vice-prefeito e presidente estadual do PT, Silvio Santos (Jornal da Ilha – Gilmar Carvalho – 23/11/2011)

Pode-se gostar ou não do Partido dos Trabalhadores (PT). Mas algo na agremiação é inegável: a capacidade de organização e de exercer o debate democrático internamente. Essa postura advém da forma como ele foi fundado, à partir de lutas e mobilizações sindicais que, na essência, são fóruns clássicos do diálogo e da decisão por maioria. Mas a escolha do candidato petista à prefeitura de Aracaju/SE em 2012 parece jogar por terra essa positiva tradição.

São três pré-candidatos: o próprio Silvio Santos, a deputada estadual Ana Lúcia e o deputado federal Rogério Carvalho. Mas quando cânones petistas, como líderes do partido e do governo na Assembleia, além do presidente da Câmara, abrem suas escolhas, no caso optando por Rogério, a sensação é de que arma-se uma ‘pressão pública’ em cima dos filiados. Algo do tipo: ‘esse é o mais forte porque conta com o apoio dos mais fortes’. Sinceramente: isso não combina com a história petista. E mesmo que o ‘já escolhido’ - por alguns - acabe vitorioso nas prévias, essa mudança pode gerar outra: os preteridos não se comprometerem com o embate nas urnas. Quebrar tradições é correr riscos...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

“Não tem mais feriado, dia santo, nada, justamente para atender o eleitor”, diretor de informática do Tribunal Regional Eleitoral-SE, José Peixoto (Correio de Sergipe – 22/11/2011)

É válida a preocupação do diretor de informática do TRE/SE em garantir por todos os dias, até 16 de dezembro, o recadastramento biométrico em Sergipe. Afinal, somos uma espécie de cobaia para que esse tipo de modernidade eleitoral seja testado e aprovado. Não podemos fazer feio, como pouco mais de 60% do eleitorado até aqui recadastrado parece indicar. Confesso que ainda não fiz a minha parte. Mas a farei num dos próximos finais de semana. Faltou-me tempo.
Já para a maioria parece estar faltando motivação. O problema é que há uma incansável campanha midiática para desmerecer a atividade política. E, infelizmente, alguns da classe esmeram-se em dar sentido a esse massacre público com suas atitudes, que se assemelham ao que eles fazem na privada, com o perdão do trocadilho pobre. Quer ver todo mundo que falta sair correndo para se recadastrar? Troquem o polegar, que indica coisa legal, boa, e ofereçam ao eleitor a chance de, dedo médio em riste, apontar para aqueles políticos que realmente merecem toda a sua indignação. Seria um sucesso!

“Nem o vereador Nitinho, nem o repórter e nem ninguém tem a obrigação de fazer o teste do bafômetro”, vereador Nitinho (Bom Dia Sergipe – TV Sergipe – 22/11/2011)

Lugar comum a dar com pau, a afirmação do vereador aracajuano vem sendo amplamente divulgada desde que a Lei Seca foi instituída, por conta de que ninguém é obrigado a produzir provas contra si. Ok, Nitinho, seu direito é igual ao de todos, assim como seu comportamento assumindo as consequências de seus atos é louvável, pois o erro cometido advém de uma falha humana e não se discute, se pune – multa por falta de documentos e tal.

Agora, já imaginou a chance que o vereador perdeu ao não soprar o bafômetro? Se ele sopra, daria o exemplo. Perderia a CNH por um ano, teria que fazer cursos de reciclagem, pagaria o mico de ser pego dirigindo com teor alcoólico acima do permitido, enfim, seria um calvário que, por ele ser pessoa pública, renderia quase um reality show. E isso, em ano pré-eleitoral, seria novidade, fugiria do lugar comum e permitiria ao legislador assumir uma bandeira que, na prática, ninguém empunha na real: beber e dirigir não combina pra ninguém e em nenhuma situação. E não apenas nas campanhas pseudo-educativas que, de tão pueris e comuns, não resultam em nada mesmo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

“Com o aumento anunciado pelo governador, o pequeno empresário pode voltar a crescer sem precisar de artifícios e sem recorrer à sonegação”, Alexandre Porto, presidente da Acese (Jornal do Dia – 20 e 21/11/2011)

Alexandre Porto é muito zeloso e atuante em suas funções na Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese). E seu empenho encontra eco nas hostes governamentais, vide o fato do secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedetec), Zeca da Silva, ter reativado um conselho voltado para o segmento comercial e, fruto de intensas discussões, o próprio governo ter concedido, dentre outros incentivos, o aumento do subteto do Simples, que saltou de R$ 1,2 para R$ 1,8 milhão.

Mas a constatação do presidente de que esse aumento permitiria que o pequeno empresário cresça sem usar artifícios como a criação de empresas ‘irmãs’ para ‘desviar’ o faturamento, ou mesmo de vir a sonegar, é que assusta. Quer dizer que, para não arcar com o aumento da carga tributária ao extrapolar o tal subteto no faturamento anual, o pequeno empresário vai para o vale tudo, incluso aí cometer crime de sonegação? Por essas e outras é que chega a ser engraçado ver o cidadão médio reclamando da impunidade na frente do telejornal. Só que, atrás da mesa de seu negócio, com as exceções de praxe, vale-se dela para não perder dinheiro.

domingo, 20 de novembro de 2011

“No início do campeonato chegamos ao quarto lugar. Nosso planejamento foi sempre feito visando deixar nossa equipe entre as dez melhores do Brasileirão”, presidente do Figueirense, Nestor Lodetti (Rádio CBN – 20/11/2011)

Seria sacanagem de minha parte duvidar do que diz o presidente do Figueira, time catarinense que vem sendo a sensação do Brasileirão 2011. Até porque qual é o time que entra em um campeonato de porte e que não almeja, no mínimo, uma boa classificação? Se não almejar, melhor não participar. Mas, quando o assunto é futebol, nem sempre os cartolas são craques nas palavras.

Dizer que ‘já sabia’ cheira a arrogância e prepotência. Ainda mais em um campeonato que, numericamente inclusive, está nivelado por baixo. Prova: o Corinthians, vice-líder com 64 pontos, mas que ainda tem três jogos a realizar, no máximo chega a 73. Qual time foi campeão nos pontos corridos e terminou com tão baixa pontuação? Portanto o Figueirense, ou seu dirigente máximo, deveria manter a humildade, pois se não conseguir a vaga na Libertadores 2012, aí terá de recorrer ao surrado: ‘já sabia, nosso time é modesto, elenco barato, blá,blá, blá’.

sábado, 19 de novembro de 2011

"É um reconhecimento necessário tendo em vista o esforço e dedicação de todos os presentes nesta Galeria", presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, Isabel Nabuco (Blog Primeira Mão –www.primeiramao.blog.br– 17/11/2011)

Quando a presidente do TCE/SE proferiu estas palavras, na inauguração da galeria que expõe os 16 que já comandaram aquela casa, duas indagações me saltaram aos olhos: 1 – vocês sabiam que já existia uma galeria no TCE/SE? Sim, o tribunal já homenageava seus 15 ex-presidentes. Mas, vejam que graça, faltava justamente a foto da atual mandatária. Fez-se, então, uma inauguração, afinal uma fotografia a mais na parede é fato de extremada relevância, se é que vocês me entendem. 

E 2: como será que a sociedade sergipana – e de resto, a brasileira, já que os TCEs existem em todos os estados, somando-se a seus similares em alguns grandes municípios do país – encara o fato de que o dinheiro, oriundo dos impostos, é aplicado em um tribunal que não tem autonomia para condenar os que fazem mau uso dos recursos público? Sim, porque esses tribunais são auxiliares do poder Legislativo. Julgam contas, mas não condenam. Será mesmo que dá para ficar bem na foto?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"Ele era um apaixonado pelo que fazia. Era radialista 24 horas. Era um poeta", radialista Otacílio Leite sobre o saudoso Carlos Rodrigues (Jornal da Cidade - 17/11/2011)

Conheci Rodrigues - sempre o chamei assim - na Rádio Jornal. Trabalhamos por lá, eu na produção e ele na locução. Como eu produzia um programa matinal, muitas vezes ficava na emissora até a noite, deixando pronta a edição seguinte. E Rodrigues era o 'Rei da Madrugada'. Nessas horas, nos encontrávamos. Ele com seu cigarro mentolado, desenhando sinais de fumaça, e suas ideias de mundo, sinalizando esperança. E eu, todo ouvidos.

Depois de alguns anos, tive o prazer de levá-lo, mais uma vez, à Liberdade AM, ou 930AM. E me divertia em debater temas espinhosos com Rodrigues no ar. Discordamos muito, fechamos acordo em assuntos diversos e nunca, mas nunca mesmo, deixamos de ampliar o leque de opiniões sobre quaisquer assuntos. Por isso que a frase de Otacílio Leite tem um simbolismo gigante. E a morte de Rodrigues é tão dolorosa. É que agora a sua voz e suas opiniões serão audíveis apenas no céu. Mas tudo certo: Deus também precisa de poesia para suportar tanta coisa que acontece aqui na terra. Descanse em paz, Rodrigues.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

“É possível exterminar o lixo urbano e, ainda, gerar energia”, empresário Railton Lima, portal Lagartense (26/08/2011)

Se é simples assim, porquê todos não fazem com o lixo o que Raillton faz e propõe? O empresário, do Núcleo Tecno-Ambiental, tem a solução mais lógica, cabível e moderna quando o assunto é gestão de resíduos. Só que ela não é, digamos, assimilável para a maioria das pessoas.

Recolher de rua em rua o que se descarta num determinado período já é feito. Transportar esses dejetos, também. Mas encontrar o destino correto, com o menor impacto ambiental, para as toneladas de porcarias que ‘produzimos’ é o que importa – ou, ao menos, é o que deveria importar.

Enquanto a população não se der conta de que essa tríade – recolhimento, transporte e destinação – do lixo têm no seu último estágio (destinação, sendo repetitivo e absolutamente claro) o ponto nevrálgico, decisivo, seguiremos sonhando que nosso planeta nos suportará. Por quanto tempo? Aí, gente boa, nem o mais fantástico dos oráculos será capaz de responder.

“Por uma imposição dos democratas, o PSDB se tornou uma sublegenda do DEM”, presidente da Funcaju, Waldoilson Leite, no portal Infonet (25/08/2011)

Com o PSDB virando oposição ao prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, a declaração de Waldoilson Leite poderia soar como a velha história: ‘farinha pouca, meu pirão primeiro’, pois ele ocupa importante cargo na administração municipal.

Poderia, mas não é o que acontece. Como mostram as pesquisas para 2012, João Alves, cacique máximo do DEM, tem chances na disputa pela prefeitura aracajuana. Isso seria motivo suficiente para Waldoilson e integrantes do PSDB aceitarem calados a decisão partidária. Viveriam um breve hiato de cargos até, mas poderiam recupera-los logo ali, em 2013.

O problema real é que não há o menor clima para essa ‘fusão’ demo-tucana. As estocadas são desferidas de uns contra os outros há muito, mas bota muito nisso, tempo. E delas resultaram feridas que não cicatrizam. Por mais que os dirigentes dos dois partidos façam festa pelo ‘casamento’ forçado, a ressaca incomodará os filiados. Daí para um pedido de ‘divórcio’, acreditem, é um tapa.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

“Infelizmente, esse dia chegou”, Steve Jobs, fundador e ex-presidente da Apple, em comunicado à empresa distribuído para todas as mídias do planeta (24/08/2011)

Quando uma lenda viva, responsável por artefatos mágicos, revolucionários e determinantes como os Macs, os iPods, os iPhones e os iPads aceita resignado seus próprios limites, como fez Steve Jobs ao deixar o comando da Apple, alegando não estar mais a altura dos desafios que o mercado apresenta – e ainda assumindo que o impedimento decorre de sua frágil saúde –, é bom que fiquemos atentos nele e em nós mesmos.

As sacadas de Jobs remetem aos primórdios dos computadores pessoais, no começo dos 80’s, com o tal do Macintosh. Mas a Microsoft, do danado do Bill Gates, inibiu a expansão de um hardware mais eficaz ao oferecer softwares mais simples e acessíveis em máquinas infinitamente inferiores.

Mas eis que Jobs, depois de efetivar o conceito do ‘computador’ que segue seu dono, indo e vindo para onde quer que seja, deixa o comando da empresa que o tornou rico, além dos nos tornar mais ávidos por tecnologia de ponta. Então, aqui vai a minha indagação: você conhece alguém, ou ao menos já ouviu falar de alguma pessoa que, no auge do sucesso – e, nesse caso, um sucesso de proporções planetárias –, abriu-se sinceramente, admitiu que estava doente e abdicou do comando de um verdadeiro império? Melhor ainda: você teria coragem de fazer isso?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

“Não se defendem os interesses do povo, mas sim os interesses pessoais", vereador Emanuel Messias, no Universo Político (24/08/2011)

O vereador Emanuel Messias, que ocupa a vaga do vereador licenciado Fábio Mitidieri, demonstra insatisfação com as ‘práticas’ da vida política. De toda sorte ele limita-se a repetir o senso comum. E não há nada mais simplório do que se apegar nesse senso quando o assunto é política.

Mas ao ‘chutar o pau da barraca’ na Câmara de Aracaju, Emanuel não explicita uma coisa essencial: durante as eleições, quando é cada um por si, ele já não havia percebido que o mundo político é assim mesmo? Nem tudo é de bate pronto, acordos precisam ser feitos para se conquistar avanços mínimos, os debates são cansativos e a sensação de que as coisas não andam se abate sobre os envolvidos. Mas isso é característica da política desde o período eleitoral até o mandato em si. Não há – ou não deveria haver – surpresas.

Quanto a abandonar a política, já que ele disse que não mais vai se candidatar, nada a discutir, isso é de cunho pessoal. Mas se o vereador anda mesmo tão cansado da política e de seus pares, tenho uma sugestão que pode abreviar o sofrimento do parlamentar: renuncie. Garanto que essa decisão seria aprovada de forma rápida, sem necessidade de tantas reuniões, debates em torno de interesses variados e definição de acordos para se possa, finalmente, votar.

“O Nordeste cresce muito e segue pobre, pois o crescimento concentra-se nas capitais, no litoral. O interior ainda tem muitas áreas vagas”, Rosalvo Ferreira, prof. de economia da UFS, no Bom Dia Sergipe – Rede Globo (24/082011)

A colocação de Rosalvo Ferreira está perfeita, porque apesar do crescimento a taxas chinesas, ainda há muita desigualdade no Nordeste. Aliás, essa diferença entre ricos e pobres é histórica na região, o que indica que a economia tem ainda que evoluir por muitos anos seguidos para que se corrija esse desnível.

Mas há um exemplo que pode ser impactante quando se analisa esse processo: Sergipe. Sim, o menor Estado do país, além de comprovar a tese do professor, demonstra a viabilidade de se equacionar crescimento econômico e evolução do padrão de vida da população como um todo. Já há um bom tempo que o número de empregos no interior sergipano cresce, com a instalação de dezenas de indústrias nos últimos anos.

Resultado: a economia do pequeno Sergipe cresce a taxas ainda maiores do que a nordestina. Interiorizar o crescimento é um conceito simples, como dois mais dois. Mas, infelizmente, é algo ainda não aplicado na maior parte do restante da região.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

“Já ficou provado que mudar de treinador toda hora não adianta nada”, ex-jogador e treinador de futebol Zico, no Globoesporte.com (23/08/2011)

Zico, como se sabe, é uma lenda do futebol brasileiro. E olha que o cara é uma unanimidade não apenas entre os torcedores do Flamengo, clube que o revelou e onde ele teve alguns dos melhores momentos de sua carreira. Agora, não aceitar a realidade dos técnicos de futebol no Brasil parece escapismo da parte dele.

Clubes de futebol no país, mesmo com as mazelas conhecidas, em especial advindas de gestões tronchas por natureza, lidam com a paixão. E a paixão, meus caros, como se sabe também, não está apta a lidar com longas esperas. Ela arde e queima tudo ao seu redor se não for consumada imediatamente.

Por isso que o técnico de futebol, no Brasil, estando desempregado, pode trocar de profissão e ganhar a vida andando na corda bamba, pois isso faz parte do ofício. Tem que ganhar. Se não ganhar, tchau! E Zico, mesmo com toda sua majestade, dizer que não treina clubes no Brasil por conta da instabilidade dos técnicos é chover no molhado. Aí só indo mesmo treinar a seleção do Iraque. Como se sabe, chuva no deserto é uma raridade...

“Só falta eu colocar uma 45 no ‘meus quartos’, pegar uma viatura e sair em busca de bandido”, governador de Sergipe, Marcelo Déda, em entrevista à Cláudio Salviano – Rádio Ouro Negro FM, via FaxAju (22/08/2011)

Governar é cobrar e ser cobrado. Não há como fugir dessa ‘regra de ouro’, digamos assim, quando se administra. E a resposta dada pelo governador Marcelo Déda diante das cobranças feitas sobre a segurança pública em Sergipe mostram que ele está disposto a levar ao pé da letra essa regrinha.

Em que pese o fato da polícia sergipana, tanto civil como militar, ter alcançado avanços significativos em termos salariais, os crimes avolumam-se e, não poderia ser diferente, deixam a população perplexa. Qual seriam, claramente, as razões dessa aparente inércia no combate aos malfeitores?

A resposta é complexa e cheia de nuances, mesmo porque aí sempre haverá um embate antagônico – governo x polícias. Mas uma coisa é certa: com uma fala dessas, Déda, ainda que não coloque uma 45 ‘nos quartos’, deve ‘cair pra dentro’ nessa disputa. E virá ‘chumbo grosso’ em forma de cobranças à Secretaria de Segurança Pública. Mesmo porque não é admissível que daí, justamente numa área tão essencial, parta ‘fogo amigo’ à atual gestão estadual.

“Almeida não junta, não agrega. Por isso não acredito que tenha condição de ser candidato a prefeitura”, ex-vereador Marcélio Bonfim na coluna Periscópio – Jornal da Cidade (23/08/2011)

Marcélio Bonfim tem história, no sentido pleno, bíblico mesmo do que representa conjugar o verbo ter numa situação dessas. Combatente incansável da ditadura militar e ex-vereador da capital, não lhe caem bem as benesses do poder. A ponto de ter negado aposentaria pela câmara aracajuana e não aceitar pagamento de uma indenização do governo federal pelas perseguições que sofreu no regime de exceção.

Portanto uma declaração dessas, vindo de onde vem, tem uma força inegável. Até mesmo porque Marcélio foi um dos principais coordenadores da campanha de Almeida Lima, atualmente deputado federal, à prefeitura de Aracaju em 2008.

Com tanta proximidade assim, ainda que esteja afastado (ou afastando-se) politicamente de Almeida, Marcélio joga uma pá de cal sobre a candidatura. E, conhecendo-se a vaidade almedista, estaria também batendo o último prego no caixão de uma amizade de longa data?

“Só irei participar de qualquer debate sobre a construção do aterro depois do licenciamento ambiental da Adema”, prefeito de Socorro, Fábio Henrique, na coluna Plenário, de Diógenes Brayner – Correio de Sergipe (23/08/2011)


Pode-se dizer tudo sobre a construção (ou não) do aterro sanitário da Grande Aracaju, menos que ele é um assunto que vai ser varrido para debaixo do tapete. Enquanto o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, brada aos quatro ventos que o aterro é a solução, vozes dissonantes de peso armam barricada.

É o caso do prefeito de Socorro, Fábio Henrique. E ele não está dando uma de ‘joão sem braço’ nesse tema. A questão é que Socorro, por questões geográficas, é a cidade da grande Aracaju com mais possibilidade de receber o tal aterro, tem mais terra e espaço para isso.

Então seria mesmo uma temeridade para a cidade e, principalmente, para os socorrenses, que a administração municipal aceitasse calada, conformada até, o lixo de, em breve, um milhão de pessoas. E a queda de braço de agora pode – e mesmo deve – garantir à Socorro alguma vantagem se ela vier a se tornar fiel depositária de tão indigesto presente – de grego, diga-se!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"O presidente não é chefe de um poder? Aonde ele vai, ele não tem direito a transporte, segurança pública? Eu também sou chefe", José Sarney, presidente do Senado, no UOL (22/08/2011)

E a polêmica da vez é o Sarney ter usado o helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para ir a sua ilha particular – o que, me perdoem os muito endinheirados, soa ridículo per si, pois ter uma ilha é quase como ser ‘dono’ de um país, guardadas as devidas proporções.

Mas o que me chama a atenção mesmo na fala do bigodudo presidente é o “eu também sou chefe.” Ao justificar o mau uso de um bem público se comparando a outros, estaria Sarney afirmando que aqueles também agiriam de forma semelhante?

Ou seria uma ameaça velada o que estaria Além do Declarado? Afinal, soa ou não soa como sendo um recado à própria presidente Dilma Roussef, dizendo ‘se ela pode, porque não eu?’.

Que Sarney é ousado, todos sabem. Que Dilma não leva desaforo pra casa, é o que nos parece até aqui. Será que ela vai deixar barato a provocação sarneysista?

“É uma coisa muito confusa. Ainda não temos certeza se efetivamente há envolvimento de policiais militares no episódio”, coronel Brás, da Comunicação da PM/SE, na Infonet (22/08/2011)


Depois de denunciarem o espancamento sofrido em um shopping aracajuano quando – pasmem – defendiam-se de um assalto, dois jovens acusam policiais militares de serem os agressores, pois estariam fazendo ‘bico’ no centro de vendas.

Péssima para a sociedade, mas pior mesmo para quem apanhou, a situação é terrível por expor uma faceta triste de uma polícia que está entre as mais bem pagas do país: a não manutenção da exclusividade e do respeito à farda por quem dela faz uso, no caso dos espancadores serem mesmo da PM sergipana.

Agora, o recorte na fala do coronel Brás, que faz a sua parte em termos de assessoria, é que preocupa: “é uma coisa muito confusa”. Não, espera aí! Qual a confusão? Os jovens acusam possíveis policiais. Não há confusão se houver apuração. Simples assim! O que não dá é para antecipar, através do discurso, que o caso pode não dar em nada por ser “confuso”.

“Ele vem de outro Estado, sabemos da dificuldade. E, no campo, ele é lei, não adianta reclamar”, Joel Santana, técnico do Cruzeiro, no Bem Amigos – Sportv (22/08/2011)

Ao se referir aos árbitros de futebol com tamanha condescendência, o técnico Joel Santana acaba somando mais uma ao anedotário que o acompanha quando se trata de ‘causos’ do futebol.

Técnicos e jogadores reclamarem da arbitragem é algo quase tão antigo quanto os próprios erros dos juízes. E mais velho do que esses dois, só mesmo o conservadorismo da Fifa ao afirmar que o erro faz parte do futebol. Ora, se o cidadão paga por um espetáculo, será que a falha de tão importante personagem é uma bobagem mesmo?

Mas daí, enquanto os recursos eletrônicos não são aceitos para dirimir as dúvidas em uma partida, cabe o discurso afinar. E foi isso o que Joel Santana, que já reclamou muito dos árbitros, fez: em rede nacional/mundial de TV, posa de bom moço para, nos 90 minutos, seguir pensando (e às vezes falando) horrores da mãe do juiz que errar contra o time dele.

"Estou doido para inaugurar um cemitério" - Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju, no Colunão do Ivan Valença - Jornal da Cidade (22/08/2011)

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B) aproveitou a polêmica sobre o aterro sanitário da capital para dar essa declaração ao jornalista Ivan Valença. Garantiu que a inauguração de um cemitério - algo que é absolutamente necessário na cidade, em especial se falarmos de uma área pública - é a única obra que faltaria para que ele cumprisse seu programa de governo.

Bem, sobre promessas e seus cumprimentos, ou mesmo sobre o comprimento da lista de promessas feitas, não vou me ater. Mas a frase do prefeito - ou alcáide, como prefere Ivan - tem um significado Além do Declarado.

Pessoa não tão afeita, ou melhor, não tão íntima das relações midiáticas, seja por timidez ou por falta de traquejo mesmo, Edvaldo aqui faz uma ação, digamos, 'viral': expõe-se como um prefeito que quer inaugurar um cemitério e dialoga, imediamente, com Dias Gomes.

Sim, ainda que distante no tempo, o personagem Odorico Paraguaçu, da novela/filme O Bem Amado, interpretado lá atrás por Paulo Gracindo, na telinha, e, mais recentemente por Marco Nanini, na telona, também tinha esse sonho 'administrativo'. Li, portanto, que Edvaldo, antes do cemitério, faz graça e quer inaugurar um novo tempo midiático para si e para sua gestão.

"Perdi as eleições em 2006 e 2010 por causa do PSDB" - João Alves no Cinform (22/08/2011)

Não dá para negar que o ex-governador João Alves tem lá suas razões para desancar o PSDB. Mas avaliemos a afirmação dele em perspectiva: em 2006, o vice de João na disputa pelo governo era um PSDB 'puro-sangue', Fabiano Oliveira. Então, essa declaração seria uma forma de dizer que o partido da social democracia traiu também um de seus filiados?

Já em 2010, ao não lançar candidatura na chapa majoritária fechada, tendo Albano Franco como candidato ao Senado, não era mesmo de se esperar que o tucanos apoiassem pra valer a candidatura alvista.

Será que esse tom de mágoa de João em relação ao PSDB não está mais focado na disputa pela prefeitura de Aracaju em 2012? Tipo assim: desprezo agora, dou uma de 'nem aí', para, no final das contas, 'desvalorizar' o passe peessedebista com vistas a uma melhor composição para a eleição do ano que vem.

Me parece que é mais por aí essa 'culpabilidade' - para usar um neologismo da moda - que João Alves atribui ao PSDB em relação às suas últimas derrotas.